quarta-feira, 4 de julho de 2018

- A minha carta de amor
Fala-me baixinho...
Para que as pedras do chão não nos ouçam.
Fala-me do carinho...
Que por mim sentes, na solidão do teu quarto.
Sê ousada...
Se o teu corpo me deseja.
Não te perca...
Este desejo, consentido.
Diz-me, em segredo...
Numa carta, numa mensagem, num acto ou acção.
Onde estão os teus olhos?...
Que nas noites brancas eu procuro quando sonho contigo.
Sinto o teu cheiro...
Não te tenho na ousadia do meu sexo contigo.
Sinto o teu corpo...
Toco-te e não te tenho, não te beijo, nem te sacio.
O tempo corre veloz...
Como um rio, como uma folha seca ao vento, como um
pranto,
que morre na eternidade dos meus olhos.


José Maria... ZL


Sem comentários:

Enviar um comentário