sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A minha voz soa baixa como a voz da maioria...
Entoa um cântico humilde, de
quem ainda acredita, que um dia venceremos...
Que só com o trabalho teremos o direito e a moral
de exigir a nossa liberdade...
Lembra-te, que tens obrigação como pessoa na sociedade...
Que o mundo precisa de ti, e da tua responsabilidade.
Faz ouvir a tua voz com humildade: é a única forma
de chegar àqueles, que ainda
fazem ouvidos moucos.
Olha à tua volta, dá o
teu melhor.


José Maria... Z L
A diferença está no pormenor!.
@.ZL
Zeze Lopes A noite é como uma casa sem luz. Um passado sem
histórias. É como
viver nas trevas d'um futuro que é uma incógnita.
A madrugada é um quarto escuro. É
tormento das minhas insónias.
O breu da noite é uma metáfora. Às vezes tira-me
a serenidade, ou-
tras vezes leva-me a viajar por caminhos
incertos.
A noite é um vulto confuso. Quando olho o horizon-
te e não me enxergo, tento
compreender a mensagem d'um farol solitário: em
vão.
Tenho medo do nada. Assusta-me
o vazio.


José Maria... Z L
Zeze Lopes Não ignores nem subestimes o tempo. Ele passa rápido e
corroí tudo.
É incorrupto, justo e implacável.
Tacteia entre nós por vezes disfarçado... outrora
destemido.
Quando apercebemos, poderá ser tarde demais.
Corremos...
Corremos atrás..., quase sempre não chegamos a
horas.
Toda a corrida contra o tempo é perigosa, inútil, e por ve-
zes, tem dissabores.
Habitua-te...
Habitua a coabitar com as horas, assim terás o
tempo na palma da mão.


José Maria... Z L
Chegava a gaivota no seu voo da madrugada, anun-
ciando a liberdade...
Liberdade de sonho, ainda hoje incompreendido.
Era Abril, prometido!...
Abril, que por ganância e incompetência de
alguns, deu
mais (rosas) de que frutos.
E deu-nos a liberdade de "expressar"--, por
enquanto!.


ZéZé Lopes
A minha felicidade consiste em ter-te!.
@.ZL
Vos digo a cantar
Foi aqui n'aldeia
que eu dei os meus primeiros passos
a minha primeira corrida
os meus primeiros abraços.

A vida aqui é simples
tudo simplificado
vivemos numa comunidade
onde todos somos respeitados.
Do maior ao mais pequeno
todos têm o seu lugar
perante a sociedade
ninguém é ignorado.
Ter nascido aqui foi bom
crescer aqui foi ótimo
hoje a saudade me aperta
sempre que lembro da minha infância.

José Maria... Z L
Na ode da noite
Há uma luz que me guia,
Que me orienta
Como uma bússola amiga.
Essa luz é uma estrela
Que brilha enquanto durmo,
Que me aconselha
Durante o sono.
No breu da noite
Sinto-te a chegar,
Vens pé ante-pé
Ao meu lado vens deitar.
Abraças-me com carinho
Nesse momento divinal,
Aconchegados no nosso ninho
Tudo se torna celestial.
Depois da noite vem o dia
Vestido de sol,
Outras vezes de negrume...
Entra pela aurora
Com promessa magistral.
Teus olhos brilham
Como nunca vi,
Teu corpo cheira
A rosas e jasmim...
É nesse balançar
Que eu me perco em ti.

José Maria... Z L

Ser mais rico é ter mente mais aberta!.
@.ZL
-- Rebelo
Pesa-me a consciência de te ter deixado, quando muito jovem eu parti.Sinto a
mágoa de não ter tido a
coragem de resistir à vaga ilusória, que pairava sobre a nossa terra, em forma
de nuvem branca: mas, que,
no fundo, era cinzenta, enganadora; diria eu.
Quase em fila indiana fomos partindo em grupos de forma inconsciente, sem
certeza de nada: partir,
porque ele partiu e o outro irá partir também.
Era uma vaga populista que caíu em moda; vamos para Portugal! Um dia
regressaremos ricos!!
Como foi fácil nos deixarmos enganar?! Enganar a nós mesmos?!!
Dez anos vivi na capital portuguesa. Corri a
cidade inteira e arredores, vi um mundo de coisas interessantes, mas nunca
conheci Lisboa.
Como conheço a minha pacata
aldeia de Rebelo.


José Maria... Z L
Ao abrir um livro de poesias, ao deixar entranhar em mim a
alma desse livro, sinto-me a
flutuar como se eu tivesse asas, como se eu fosse um
pássaro a deliciar-me em mais um voo.
Cada página é mais uma aventura que saboreio, como se
eu fosse uma
criança, na curiosidade de novas descobertas.
Eu tenho falta de beber poesia.
É como se eu atravessasse um deserto sob um sol ardente,
e de repente,
me deparasse com uma fonte de água fresca.
Bebia. Bebia devagarinho. Para puder
saciar a sede e deixar correr-me nas veias, a frescura, que
me levará até uma nova fonte.
Ter um bom livro de poesias é como estar
acompanhado por um anjo, no
qual eu confio.


José Maria... Z L
Pintei hoje de azul e branco o meu céu.
As cores em que eu acredito!!.
@.ZL
Quando a noite vem me abraçar, caminharei sobre um
manto de ilusão, sem
certeza onde irei ancorar: convicto, que é, a
viagem que eu quero fazer...
Que eu vou fazer.
Na bagagem levo a ideia d'um poema ainda sem cor...
Levo apenas as palavras que me levam a ti.
As palavras que acendem o farol que ilumina-me o
horizonte.
Que me libertam do vazio quando chega a hora de
escrever um poema.
Não importa onde eu estou nem o vento que me leva.
O único sentimento, é
seguir em frente, é deixar me levar pelas marés ou pelos
ciclos rápidos do tempo.
Eu quero que a viagem seja longa e que tenha muitas
encruzilhadas.
Eu gosto de desafios. O vazio do meu quarto
inspira-me.

- Foto Lina Lopes

José Maria... Z L

O meu nome está escrito na parede do teu quarto.
É lá que eu moro!

José Maria... Z L
Ter-te é ter um anjo. Habitares em mim é habitarmos o
paraíso.
Ter um céu que cobre o nosso mundo de mil cores, é
um orgulho. Uma bênção.
A esfera que nos circunda é perfumada com o brio que
sentimos, quan-
do, acordamos de
manhã e lemos nos olhos um do outro, o
sentimento uno.
Pegar na tua mão é uma dádiva!
A nossa vida é um jardim com todas as flores.
Simples! Acima de todos os
diamantes.
De todos os jogos materiais.
É nessa simplicidade, nesse mundo de ternura que, te,
dou tudo.
Eu sei que esperas que eu te diga, que, te amo cada
dia mais, mas
como?... se já te dei a minha vida!.
Se já só existo para ti.


José Maria... Z L
Não subestime as palavras!.
@.ZL
Atento
Os meus olhos eram pequenos. Os meus passos
eram curtos.
A minha infância tinha cor de arco-íris.
Eu tinha pouco e ao mesmo tempo tinha tudo.
Tinha amor dos pais...
Tinha carinho dos irmãos.
Dos vizinhos eu tinha os sorrisos mais sinceros, que, a vida,
podia me conceder.
Eu era uma criança feliz! Tinha sonhos in-
concebíveis, como andar nas nuvens e ter uma estrela
só para mim.
Eu nasci numa aldeia promissora; em que a aurora trazia coisas
novas, todas as manhãs.
Eu tinha uma escola onde eu aprendia a ler e a
escrever...
Eu tinha um jardim construído na minha cabeça que nunca
existiu,
com plantas, lagos e passarinhos.
Um jardim onde eu passava o meu tempo livre, a
brincar...
A sonhar ser poeta e pintor de quadros,
quando, eu fosse grande.

-Foto da net

José Maria... Z L

Em tempos fui criança
Um pequeno sonhador,
Desde a minha infância
Que sou batalhador.
Filho d'um humilde lavrador
Pelos campos eu corri descalço,
Fui um exímio observador
Sem nunca sentir cansaço.
Com alegria eu ia a escola
Pois eu tinha muita ambição,
Muito eu lia
Para decorar a lição.
Queria crescer e ser feliz
Ao lado dos meus pais
E irmãos...
Por causa d'um tempo infeliz
Tive que deixar o país,
E Os levei no coração.
Hoje eu cresci
E vivo distante,
Mas nem por um instante
Eu esqueci,
A minha terra
E a minha gente.
-Foto da net.

José Maria... Z L

Teu corpo é um tesouro
Que eu tenho sem te ter
É um desejo que almejo
Que alimenta meu prazer.
Teu sorriso brilha
Como brilha o sol
Teu jeito encanta
Como não há outro igual.
Se eu tivesse um jardim
Daria o teu nome
Se eu pudesse te amar assim
Amaria até a morte.
O cheiro que me persegue
A imagem que me atormenta
O sonho com aquela noite louca
Não me dá paz nem a morte
Mata-me lentamente
Como dentadas d'uma fera.
Das noites escaldantes
Eu fujo a sete pés
Em tom de brincadeira
Ainda gosto dela.

José Maria... Z L

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Sentado à beira do mar fecho os olhos e adormeço
acordado,
nostálgico, deixo-me viajar no tempo.
As ondas que chegam trazem noticias da minha terra
e levam saudades minhas.
Sentado, olho o mar, e sinto-me impotente. Um
mendigo, que, distan-
te, chora lágrimas d'um emigrante.
É escusado dizer que tenho saudades...
Saudades da minha casa,
dos quartos e do velho corrimão. Mas é do
terraço
que eu sinto mais falta.
Era ali que eu namorava nas tardes de luar...
Que sentada no meu colo eu acariciava as mãos da
minha princesa, e, que,
perdiamo-nos nas noites que chegavam
devagarinho.


José Maria... ZL
Através da minha janela pude ver uma imagem bonita,
verde, com uma monta-
nha pojante, que parecia-me surreal.
Tive dúvida se estava a sonhar ou se o paraíso veio
ao meu encontro, pa-
ra me oferecer esse encanto que sonhei muito antes
de eu ter nascido.
Lembro-me que esta imagem tinha um lago. E que
nela habitavam cisnes.
Lembro-me das músicas que eu ouvia. Talvez
cantadas pela minha mãe, ao som d'uma orquestra, que,
ainda hoje,
identifico, como a mais bela de todos os tempos.
Continuei a contemplar a imagem. A deliciar o
momento único.
Entre a dúvida e a realidade, acordei com o sino da
da igreja matriz.
Foi um sonho longo, doce, que
eu vivi.


José Maria... ZL
O dinheiro compra aparência mas não compra a vida.
@.ZL
Falta de jeito
Talvez eu não tenha jeito de te demostrar o quanto eu te amo...
Talvez eu não te diga as palavras mais bonitas, nas horas certas.
Mas meu amor, eu quero que saibas que és tudo para mim...
Que os meus olhos te vêm como o anjo da minha salvação.
Eu sei que no momento certo estou presente, que dou o meu 

melhor sem me esforçar, para que te sintas uma deusa. Porque é 
essa deusa que está dentro de ti, que me alimenta.
Eu posso ter omitido e até desperdiçado, os momentos mais 

importantes da nossa vida,
por falta de jeito. Não por falta de amor.
Prometo-te, meu anjo...
Prometo mudar. 


José Maria... ZL
Podes fantasiar uma imagem e saborear os encantos dela, como se fossem reais.
@.ZL
Quando não chove, sinto falta...
Quando chove, quero sol.
Tantos sabores e tantas cores...
A vida, ela, é toda permeável.

José Maria... Z L
A distância é o silêncio!...
[...] não importa onde estiveres.

José Maria... Z L

O meu amor tem corpo d'uma guitarra...
Olhos verdes, primavera.
Meu amor tem lábios sedentos.
É mansa como uma pomba...
Brava como uma leoa, quando
está com cio.
Meu amor é doce...
Tem saliva de mel.


José Maria... Z L
Na rua onde eu morei
Morou uma princesa,
Por ela eu me apaixonei
Desde o primeiro dia.
O tempo passou
E por força do destino,
Nada mudou
Em tudo que eu sinto.
Continuas a ser
A menina dos meus olhos,
Ficas a saber
Que és a única de todos os tempos.
Por ti eu lutei
Em todas as frentes,
Por ti eu batalhei
Incessantemente.
O futuro é incerto
Não temo nada,
Nunca tive medo
Do vento que passa.

José Maria... Z L
Era uma janela discreta que dava visibilidade para
a rua e para o mundo.
Dessa janela namorava tudo o que eu imaginasse.
Era uma janela imensamente pequena...
Permeável apenas a fantasias.
Encostado ao mármore, fui rei, mendigo, poeta e
sonhador...
Fui solitário...
Fui dono de tudo e de nada...
Fui amante.
Amei, para nunca mais esquecer.


José Maria... Z L
Seja boa pessoa em vida, porque, depois de morto é garantido!.
@.ZL
Era uma aurora prometida. O céu limpo. O sol espreitava
por entre as montanhas. A habitual
correria dos transeuntes, coisas típicas das
grandes cidades. Eu andava pelas ruas, descontraído,
como quem apenas se quer livrar das
horas. Para mim, a vida era apenas um mar de rosas.
O passado já lá vai. O tempo em
que eu sonhava ser pintor de belas artes. Pintor con-
sagrado. Usar barbas
grandes, como símbolo de orgulho dos pintores
clássicos.
Esse sonho perseguia-me! Talvez fosse fantasia. Já
não ligava tanto!. Até que um dia, pen-
sei escrever a minha primeira poesia. Não encontrava
palavras! Nessa manhã
enquanto eu passeava pela rua, vi uma moça bonita
com olhar misterioso. Ela tinha
nos olhos todas as palavras que eu procurava. Toda
ela, era uma poesia...
A primeira que eu escrevi.


José Maria... Z L