terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Olho para ti, como quem almeja um pedaço de vida. Para
que, outra
vida se conceba no zénite da paz.
Olho para ti, o
meu olhar ofusca entre os trigais onduladas pelo vento e,
a imponente
imagem do teu corpo.
Sonho e desnudo-te, como quem despe as estrofes d'um poema,
ainda por escrever.
Nada!..
Nada me prende: nem as mãos macias do tempo.
Em ti!...
Procuro o enigma do teu verde olhar, mesmo que o negro
dos teus
cabelos, cubram o teu rosto lindo.
É tão vago o
meu sentir, como é relutante a arte da poesia.


José Maria... ZL

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Melancolia
Dou voltas e voltas no meu quarto
Vou à janela e vejo o tempo lá fora
A chuva cai mansinha no telhado
Regresso à cama e sinto
O pólen do nosso amor nos lençóis.

Gélido pela nostalgia do afecto
Frieza com que o sono distancia
Rigidez com que a noite açoita o
meu sossego,
São desvarios que me atormentam.
Resisto à pálida sensação de tristeza
Venço o teu sussurrar nos meus ouvidos
Mesmo com a oscilação do momento
Durmo na inquietude do meu sonho
E acordarei na aurora feliz dos teus
olhos.

José Maria... Z L

No solar do tempo, bem distante da realidade, o enigma
da noite,
chega conselheiro. É tão etérea a ideia de eu pintar es-
te quadro,
como encontrar lagos entre as dunas do deserto.
É fértil o meu
sonho, ilusória a minha paixão, irrealista, quando me con-
fronto com as
tintas e os pincéis.
O meu sonho traiu-me!...
Levou-me ao oásis verde d'um campo onde as minhas
pernas não
chegarão, nem as minhas asas me equilibrarão no sôfrego
desse desejo.
A mudez do tempo não me acordou, a quimera não
me alertou; o quadro é
uma miragem.


... Pintura da net.

José Maria... Z L

Meu Cabo Verde
Ainda guardo o meu tempo no breu da noite, onde a
saudade
impera, d'um passado imortal.
São celestiais os momentos que recordo de ti.
Nem por
magia muito menos por omissão, deixaria morrer o
azul da tua
cor, tuas praias e teu mar.
Sonho-te todas as noites, vagueio no teu mundo todas
as manhãs,
visto os meus olhos de saudades e percorro tuas
ruas estreitas,
sob o olhar de transeuntes; gente de bem!
Aos quatro cantos do mundo...
Eu falo de ti com orgulho, minha terra: orgulho d'um
emigrante
que mesmo distante, vive presente.
Ainda respiro o teu ar.


José Maria... Z L

AMOR INCERTO
Sempre que eu te vejo a minha alma fica leve, meu
espírito vagueia pelos
caminhos incertos, enquanto a noite vem de leve
aninhar-se no meu regaço.
Eu sou a sombra que percorre o teu corpo, sou o
azul que veste o teu
horizonte, quando as marés beijam o cais.
Vem devagar... os teus
passos são mistérios nos meus ouvidos, são melodi-
as entoadas
d'uma música que eu ouvi, quando tive um sonho
impossível.
Vem devagar... mas vê se chegas com a primavera,
antes das
flores desabrocharem.


José Maria... Z L
Todos os caminhos me levam a ti. Todos os trilhos
que percorro, são
os mesmos que em tempos, eu percorri.
Às vezes,
sento-me naquela pedra à sombra d'árvore, onde
tantas vezes, eu sonhei-te.
Eu sei que existes; sei que és linda..., só não sei
a cor dos teus olhos!...
Eu inventei-te, nu-
ma noite de estrelas quando a tua imagem nua
entrou no meu
quarto, em forma de princesa: fizemos amor.
O tempo passou... mas
guardo-te ternamente no meu peito.
Eu quero continuar a
sonhar-te. Só assim, alimentarei o ego d'um
dia podermos
caminhar juntos, por caminhos que conhecemos
e que,
nunca trilhamos juntos.
Quero sentar-te no meu colo, na mesma pedra, à
sombra da
mesma árvore e tocar-te sem medo.
A tua imagem vigora
sobre mim.


José Maria... Z L

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

A tua amizade é a minha casa...
O teu corpo é o meu barco...
Os teus olhos, meu mar onde eu quero
navegar...
Não importa o tamanho daquela árvore
nem a grandeza do teu espírito,
desde,
que a ave pouse num galho,
e que teu coração, ame.
Na avidez do tempo, chora o desejo de
penetrar o impossível.


José Maria... Z L

«...»
as 7 rosas do meu jardim...
são 7 anjos do paraíso...
são 7 pecados mortais.
as 7 rosas do meu jardim...
cheiram jasmim
e têm cores mil.
as 7 rosas do meu jardim...
são arco íris de mil cores
dispersa no céu.

José Maria... Z L

No vazio d'uma tarde olho o horizonte e vejo
o quanto
foi vago, os momentos que se perderam no
tempo.
Hoje, estás distante da realidade!...
Se, algum dia passaste d'uma miragem?!.
Olho para ti
e vejo uma flor que desabrocha no azul d'uma
primavera,
uma amante perdida nas cinzas do tempo.
Oca,
é o desejo de se construir em cima do nada,
em cima d'uma
falésia, ou num tom musical.
A árvore mais pequena do jardim,
tem raízes.


José Maria... Z L

Procurei-te entre as palavras com que eu escrevo e o
paradigma d'um desejo.
Procurei-te pelos caminhos que eu andei, esses mes-
mos caminhos que
tu bem conheces, e que, trilhaste sem nunca perderes
os teus sonhos.
Inventei-te!!!
Quando pintei o castanho dos teus olhos, a roupa
que vestes e
a força que trazes dentro do teu peito.
Quando pintei a primavera, pintei este quadro em honra
da nossa amizade.
Pintei uma praia e um deserto dentro d'uma Ilha, só
para ti.
-Em breve chegarão os pássaros vindos
do sul. 


José Maria... Z L

Faz anos que o teu sorriso abre os meus dias, que
do céu vem
uma luz que ilumina o meu caminho, e que me dá
forças...
Faz anos que eu te amo como se a cada dia renas-
cesse
dentro de mim, mais amor por ti.
Ainda, eu vejo o teu rosto de princesa que outrora
eu conquistei,
como o rosto mais lindo do mundo...
Ainda,
vejo os teus olhos com o mesmo brilho de então.
Eu sei que
não sou perfeito, que nem todos os dias o sol brilha,
mas quero
que saibas, que és a minha única rosa e que o teu
perfume, é-me imprescindível...
Eu sei que tenho pouco jeito de te mostrar o meu
carinho, mas
sei que os meus olhos e o meu sorriso são teus.
- Amar-te-ei para sempre.


José Maria... Z L

Congratulo-me com esta imagem real de Cabo Verde,
antigo: uma família.
Dou os meus parabéns ao fotógrafo.
Cabo Verde, foi um país pobre e disso não me
orgulho...
Também não me orgulho do Pelourinho da Cidade
Velha,
onde acontecia tráfico Humano.
Cabo Verde, viu e sentiu na pele a escravatura do
homem pelo homem...
Ali, se comercializou negros vindos de outras Áfricas
como se
tratasse de animais...
Ali, junto ao Pelourinho, o barco esperava por aqueles
infortunados,
que nunca mais foram vistos.
Congratulo-me com o meu País, que junto com outros
deram as mãos, e
aboliram a escravatura.
«A liberdade é a nossa arma»


José Maria... Z L

Acordei de manhã com o sol, fechei os olhos e
percebi, que,
estava em Cabo verde. Olhei o tempo
por detrás
da vidraça, senti-me de novo uma criança.
Corri pelos campos,
brinquei e joguei com os amigos, os
mesmos
jogos do passado. Já lá vai um século. Mas,
nada em mim
mudou: nem o sorriso, nem o olhar.
Talvez umas rugas!...
Nada que me apoquente. Até por que, ainda,
eu tenho na
boca o sabor do café da minha mãe.
O tempo? Se marear, esticarei o infinito e
viverei mais uns anitos. 


José Maria... Z L

Nasci numa Ilha bonita como a lua, redonda como o sol...
Cedo, quis ser marinheiro da minha própria caravela...
Coisas de criança!.
Sonhava ser um solitário e, atravessar o atlântico...
Sentava-me ao lado d'uma pedra enorme como o tempo...
magicando a possibilidade de concretizar esse sonho!.
Ao lado dessa pedra grande, escutava canções vindas
do mar...
Vozes azuis do vento e dos pássaros...
Namorei a moça mais bonita da minha rua!.
Eu sou um eterno solitário...
Quando não penso, sou vago...
Quando penso trepo montanhas de coisas fúteis: sem jeito!.
No meu quadro eu pintei a minha caravela...
No meu peito está guardado este sonho de partir...
Sou um eterno solitário!.


José Maria... Z L

Abracei-te como se abraçasse a árvore da vida.
Como se o
ar que eu respirasse, fosse o azul dos teus
olhos, e
tu, fosses o meu único caminho da salvação.
Parei os meus
olhos nos teus, e como por magia, de uma forma
ingénua,
cheguei ao teu coração. Quando te olho
nos olhos,
sinto o teu respirar, ouço uma canção que nunca
tinha ouvido
e sinto sussurrar o vento, que nos traz a paz.
As ondas dão nos energia...
Os búzios transmitem-nos a solidão vinda
do fundo do mar...
Teus olhos dão-me alento, quando,
neles eu durmo.


José Maria... Z L

O que há para além do mar, para além do sol e
da utopia
do infinito? Não sei!.
Muito distante do meu olhar e da minha realida-
de, o
mundo gira em torno de si, sem dó nem pie-
dade: a
diferença soma e segue. É somente o que eu
sei!.
Quando olho onde os meus olhos não chegam,
abraço um
um olhar desesperado, sinto uma dor com a
impotência do mundo.
Muitas vezes choramos de olhos e barriga cheia,
por egoísmo e
ambiguidade, só porque o vizinho de lado tem
barcos e avião.
Deixe para... logo à noite tens o jantar na mesa.
Enquanto alguns
sobrevivem, porque Deus é pai para todos.


José Maria... Z L

Como uma ave que chega de longe e pousa num
ramo,
assim é um transeunte que chega; e parte de
seguida.
No peito trazia amor, nos olhos fantasia. Mas a
tarde não lhe
oferecia confiança, a permanência seria
prematura
e a viagem inadiável. O apaixonado partiu: para
um novo rumo,
em busca d'um novo amor e de momen-
tos escaldantes.


José Maria... Z L

Os traços que definem um feito, podem ser os mesmos
que
marcam uma história ou um tempo. Aí,
esvoaçarei
um sorriso quando o nu, despir a noite. Todo o céu
se tornará num azul prata.
Os pássaros
migrarão, em busca do sossego.


José Maria... Z L

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Entre o vago amanhecer e o pálido olhar de uma criança
voam as
gaivotas sobre o cais, esperando, as migalhas que
lhes cabe.
Impacientes e incertas, como qualquer ser, lutam contra
o desespero,
como quem aposta numa viagem imaginária, ou no des-
fecho d'um jo-
go incerto. A esperança é a última coisa a morrer.
E " só perde a batalha, quem pára de lutar"
Mesmo que as
nuvens pairem sobre o cais, a cidade não dorme, nem
o teu sentido
lutador, deixa, que as cinzas cubram o azul
do teu querer.
Hoje, a cidade estava linda.


José Maria... Z L

[...] ergo a minha voz no escuro da noite
abraço a aurora azul da manhã
acredito no vime que dá cestos
e nos seios que alimentam o segredo
dos deuses.
procuro desvendar os mistérios da montanha
e os segredos do teu sexo de mulher
felina.
a história só é virgem até ser lida...

foto da net.

José Maria... Z L

Cabo Verde, tem cores e sabores. Tem mar e
morabeza.
É a minha querida terra - ali está o meu
berço.
Nunca confundirei a estética de uma grande
cidade,
nem aranha-céus do Dubai; com o tamanho
do meu País.
Eu sou de Rebelo - terra da melhor
gastronomia
do mundo, de gente afável e de mulheres
bonitas.
É ali nesse jardim, nesse encanto que Deus
me deu,
que eu abri os olhos e vi o rosto mais lindo,
o sorriso mais
doce - o da minha mãe. Obrigado mãe!...
Sempre que eu piso o
aeroporto e respiro o ar da Praia, sinto o
cheiro
de Cabo Verde e o calor d'África. Se alguma
vez eu saí da
minha terra, ainda não perdi
o seu cheiro.

 
José Maria... Z L

Diz-me... Diz-me baixinho...
Diz só para mim...
Em que fonte bebes a água?
Como calas as vozes dos mortais?!.
Eu encontro-te
entre as fadas, a minha voz não sai,
meu gesto moribundo
adormece à beira do rio: quero eu dizer,
nos teus olhos.
Diz-me... não tenhas medo...
Tudo o que pronunciares será puro e cla-
ro, como as
flores de amendoeira, como as rosas que
eu escolhi
de entre tantos jardins.
Eu sei... talvez sejas um sonho...
Ou sutileza d'um poema.


José Maria... Z L

Sonhei-te
Por entre searas e vielas, proferi palavras que nunca
saíram da minha boca,
cantei canções que nunca dantes tinha ouvido.
Por entre sonhos e
fantasias, iludi a tua imagem à medida dos meus
olhos, do
meu jeito e do meu querer. Chamei
por ti tantas
vezes, sem nunca pronunciar o teu nome, e outras
tantas, beijei-te no
preludio d'um silêncio, quando tudo parava à nossa
volta.
Nunca te murmurei ao ouvido, mas disse-te
milhares de vezes,
que, és a minha princesa. O tempo
lá vai correndo como vento do deserto, desliza co-
mo a
preguiça d'um doce beijo e deixa o aroma d'um per-
fume na minha pele.
Eu sei!... 


José Maria... Z L

Atravessei o deserto da vida, e sobre o meu ombro
carreguei a
responsabilidade d'um homem: meus olhos falam
por mim.
Andei pelos quatro cantos do mundo, conheci os
ventos de todos os
quadrantes, vivi os maiores sabores da vida: mas
também comi
o pão que o diabo amassou.
Do dorso do tempo eu caí muitas vezes, à chuva eu
andei descalço, o relen-
to tapou o meu corpo nas noites frias. De manhã
enxuguei as
lágrimas e caminhei. Ainda de roupa molhada e por
dentro a chorar, abracei-te
na canto da saudade, falamos da nossa infância e
dos atropelos da vida.
Olha amigo,
a vida também te foi madrasta!.


José Maria... Z L

A árvore é mais velha que a sombra. As raízes
entrelaçam
como os braços amigos. Eu vivo num canto do
mundo,
e nesse encanto, escuto o barulho do silêncio,
olho o azul-prata do
mar, e deixo a saudade percorrer o deserto da
vida.
Eu já estive no cume do mundo. Quando o doce
sabor da vida alimen-
tava um sonho, hoje olho o distante e parece-me
impossível,
reviver o tal sorriso. Tenho o
tempo na mão, mas não tenho todo o tempo,
nem a
agilidade de um pombo, nem a meiguice de seu
olhar.
Quando aqui cheguei, a sombra
já cá estava.


José Maria... Z L

[...] há uma casa, uma janela e uma luz...
---há um sonho vazio, deixado, na árvore do
tempo...
---há um sorriso, que, nunca, se apagará dos
meus olhos...

José Maria... Z L

A natureza sempre me fascinou e fascinará. Enquanto
os meus olhos
me derem o prazer de ver, o meu coração o sentimento
de amar, o
céu azul será sempre o meu eleito.
Nos meus sonhos pinto quadros...
Todos eles, com céu azul, sol e nuvens, para perso-
nalizar
o meu gosto e os meus ideais.
Sou amante da vida...
Dentro de mim mora um mar de saudades...
Quando estendo os
meus braços e toco o fundo da distância, aproximo-me
do infinito,
faço preces a Deus, agradecendo a sorte, a vida e o amor
que me deu.
A natureza é vida.


José Maria... Z L

Do teu sorriso nasceu a nossa amizade
Nos teus olhos eu li a mítica da paixão
Da tua sensibilidade veio a razão...
Pela qual eu te amo com serenidade.
Deixe o tempo passar
A cada hora eu te quero mais
E sem nenhum ai...
Eu te quero sempre abraçar.
Será o fogo que me aquece
Será a água que me arrefece
Ou, será o teu cheiro que me mata
Ou o teu jeito que me dá a vida.
Vivo para te amar
Morro amando-te.

Z L... Poemas e Poesias

Boas Festas para todos!!!
Em particular para os meus amigos e seguidores!...
--Z L Poemas e Poesias, agradece a tua participação!...
Aquele abraço amigo.

José Maria... Z L

O ciclo da vida...
Um processo natural e lindo!

José Maria... Z L

O meu mundo é uma pequena bola de cristal. Brilha como
prata, nas
noites de açucena. O meu pequeno mundo é livre: não
tem fronteiras.
Cresce todos os dias à medida dos teus olhos.
Cada bom dia
teu, é mais um degrau conquistado. Lembras, quando nos
encontrármos no
canto daquele poema que eu escrevi, aquele em que o sol
irradiava da minha janela?...
Foi nesse instante poético, que, eu te conquistei!...
Foi com magia e
o calor etéreo d'um abraço, que eu te trouxe para o meu
mundo real, onde
a mítica, é a frescura do teu sorriso.

---Um bom Natal.

José Maria... Z L

Os meus olhos vacilaram quando eu vi o
primeiro sol.
---Chorei ao primeiro som.
---Tive medo!.

José Maria... Z L

18 de Dezembro de 2017 ·
Os meus abraços são sinceros. Têm razões
que chegam a ti
e cumprimentam-te afectuosamente.
Mesmo distante, mesmo sem te conhecer, reconheço
que a tua amizade
é me, importante. Os meus voos são baixos, à
altura dos corações
humildes...
O meu caminho é igual ao teu...
A qualquer momento poderemos encontrar
na esquina d'uma rua, ou num bar,
isso pouco importa,
desde que, saibamos valorizar o calor do abraço.
Sou um pequeno mundo
dentro do universo, umas vezes compreendido outras
não,
mas sou o que sou; meu
abraço é teu.


José Maria... Zl

Continuo a percorrer o meu caminho em busca d'uma
história,
que, a minha inocência perpetuou na minha mente e
que me persegue.
A vida foi incapaz de me entregar na mão, o tempo
recusa apagá-la da
minha memória, e, eu não conformo em perdê-la.
Não foi uma mera história,
uma coincidência d'uma manhã de sorte, nem che-
gou com a
primavera para dissipar no inverno. Veio para ficar.
Tudo tem uma razão, mes-
mo que a razão desconheça, não te dês por vencido.
Lembra-te,
que as palavras que nascem hoje, podem morrer
amanhã,
cheias de pó, na gaveta d'um louco.
Percorro o meu caminho,
abraçarei a última sílaba do teu sorriso, quando, eu
encontrar a minha história.


José Maria... Z L

»»Eu ainda tive algum jeito
Perdidos num campo de terra onde demos o nome
do 'nosso estádio',
jogávamos futebol de alto-nível.
O estádio estava
sempre cheio como mostra a imagem. As claques
apoiavam-nos com cânticos e respeito.
Para uns
éramos prodígios, para outros, os vadios d'aldeia.
Eu ainda
tive algum jeito. Vivi a minha ilusão: até ver as
fintas e
os golos de Eusébio e Pelé.
Então arrumei a minha tralha, o meu jeito e a
minha
pouca sorte dentro do meu saco d'ilusão, e fiz-o
desaparecer.
Procurei novo rumo!...
Sem nunca esquecer o cheiro do pó que um dia
eu respirei, nem a segurança de brincar
nas ruas d'aldeia.


José Maria... Z L

Não me procures no deserto, decerto, não me vás
encontrar.
Não me procures no espelho porque vás-te
encontrar a ti.
Não me ames em silêncio porque, dói
aos dois.
Eu sou um mendigo de olhos vazios que o mundo
percorre,
em busca da verdade. E em boa verdade; já encon-
trei razões fascinantes...
E muitas razões deprimentes.
Questiono-me às vezes; o que é a verdade?.
Eu sei que
não sou o dono do certo, mas não me procures
d'outro lado,
porque não terás a minha presença.
O jogo é traiçoeiro.


José Maria... Z L

O manso rio que percorre o meu olhar
é um prenúncio
de paz, que, o meu espírito vai deleitar
nesse fim de tarde.
Quero acreditar na pureza d'água, no per-
curso do rio,
na foz, e no voo dos pássaros.
Sento-me sobre o
nada na margem do rio, escuto o som d'água,
medito o
inconstante tempo: sinto o
quanto sou feliz.
Eu tenho uma mão cheia de nada...
Eu tenho um rio à minha porta...
Eu tenho
quem me abraça... quando a saudade
aperta.


José Maria... Z L
(...) tudo ou nada. eu sou assim!.
hoje quero ser o sol e não temer
vagabundos.

José Maria... Z L

O manso rio que percorre o meu olhar
é um prenúncio
de paz, que, o meu espírito vai deleitar
nesse fim de tarde.
Quero acreditar na pureza d'água, no per-
curso do rio,
na foz, e no voo dos pássaros.
Sento-me sobre o
nada na margem do rio, escuto o som d'água,
medito o
inconstante tempo: sinto o
quanto sou feliz.
Eu tenho uma mão cheia de nada...
Eu tenho um rio à minha porta...
Eu tenho
quem me abraça... quando a saudade
aperta.


José Maria... Z L