domingo, 23 de julho de 2017

As imagens que guardo da minha infância, chegam
com o vento
da minha terra, com as conversas que tenho
com os colegas de então, com
os sonhos
que as noites me brindam. Tenho saudades
desse tempo que
eu desfolhava o silêncio das noites, que
os homens viviam
iguais... Sem relógios. Tenho
saudades de não ter pressa. De chegar a doca e ver
os barcos partirem, de ler
os teus poemas como se eu estivesse a falar contigo
e sentir-te,
ali, num silêncio ensurdecedor. Como se eu
abraçasse cada frase tua...
Tenho saudades da minha infância, de esperar pela
noite e jantar a luz do luar, de ou-
vir uma mãe a chamar pelo filho. Dos vizinhos
que falam abertamente ali ao lado,
sem reservas nem medos de escutas.
Foi um tempo que mesmo com
pouco, tínhamos tudo.


José Maria... Z L

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