sábado, 13 de agosto de 2016

Fui à janela ver a noite
vi a ponte iluminada,
vi o Tejo
a dormir no dorso d'uma cidade
adormecida.
Andei pelas ruas de alfama
mas foi nos bares da moraria
que escutei o fado.
Da minha janela sentado sobre o nada
corri a cidade que eu conhecia,
e as histórias que eu desconhecia
li-as,
nos livros das memórias.
Visitei monumentos nas horas mortas
d'uma cidade fantasma,
bebi o silêncio das ruas
que noutra hora o barulho e a poluição
fustiga,
até os mais insensíveis.
Lisboa cidade bonita,
cidade que me encantou nos anos setenta,
aqui eu perdi-me tantas vezes
à procura de mim...
Aqui eu me encontrei.


José Maria... Z L

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